APRESENTAÇÃO

Textos e silêncios pretende ser um espaço reflexivo ecumênico, fundamentalmente voltado para a vida concreta das pessoas a partir de textos e livros, mas também do caminhar contemplativo e meditativo, da vivência amorosa e solidária dos que, de alguma forma, partilharam comigo suas vidas, dores, sofrimentos e esperanças. A eles - e a vocês - devo a minha vida, o olhar que desenvolvi de existência e a experiência cristã do encontro com o Cristo servidor que nos salva. A eles sou devedor, minha eterna gratidão.

sábado, 7 de julho de 2012

A Igreja vive um momento de decepção e de involução


CEBI

A Igreja vive um momento de decepção e de involução

Sexta-feira, 6 de julho de 2012 - 19h14min
O bispo emérito de São Félix do Araguaia, o claretiano catalão Pedro Casaldáliga, considera que "nossa Igreja vive um momento de decepção e de involução", de distâncias dolorosas entre a instituição e o povo".
Numa entrevista, publicada no último número da revista interna dos missionários claretianos, "NUNC" (Nuntii de Universa Nostra Congregatione), o chamado "bispo dos pobres", uma das principais figuras da Teologia da Libertação, denuncia que na Igreja católica "falta proximidade nas estruturas e credibilidade".

"Em contrapartida - argumenta Casaldáliga - cresce uma fé adulta e corresponsável em muitos setores do laicato. Há uma liberdade de espírito, que pode ter seus excessos, mas que tem muito de vivência personalizada e comunitária, sinal dos tempos, seguimento de Jesus e abertura profética ao mundo de hoje".

Segundo o bispo catalão, "o ecumenismo e o macroecumenismo se estabelecerão", e adverte que na missão das Igrejas da América Latina "temos de assumir o despertar organizado dos povos originários de nossa afro-ameríndia".

Nascido em Balsareny (Barcelona), em 1928, Casaldáliga completou 84 anos e batalha contra o mal de Parkinson, mas continua "com a opção pelos pobres, como grande motivação de minha vida".

Casaldáliga se define como "um missionário claretiano, que reconhece ter falhado muito como membro da Congregação, a quem devo quase tudo".

"Agora, procuro aceitar com humor esperançado as limitações que o Parkinson me impõe e a solicitude daqueles que me acompanham", explica o bispo da libertação, que dedica mais horas para meditar, receber visitas e escrever algumas mensagens, enquanto recomenda à Igreja que assuma "de cheio o desafio dos meios de comunicação".
Instituto Humanitas Unisinos (IHU)

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