APRESENTAÇÃO

Textos e silêncios pretende ser um espaço reflexivo ecumênico, fundamentalmente voltado para a vida concreta das pessoas a partir de textos e livros, mas também do caminhar contemplativo e meditativo, da vivência amorosa e solidária dos que, de alguma forma, partilharam comigo suas vidas, dores, sofrimentos e esperanças. A eles - e a vocês - devo a minha vida, o olhar que desenvolvi de existência e a experiência cristã do encontro com o Cristo servidor que nos salva. A eles sou devedor, minha eterna gratidão.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Flávio Irala é o novo bispo anglicano de são Pàulo


Graças a meu bom Deus pude participar deste encontro e da votação.

CEBI

Flávio Irala é o novo bispo anglicano de São Paulo

Terça-feira, 11 de setembro de 2012 - 20h14min
A Diocese Anglicana de São Paulo (DASP) elegeu, no sábado, 8, o reverendo Flávio Irala para conduzi-la como bispo. A escolha deu-se em primeiro escrutínio, com a obtenção de vitória simultânea nas urnas da Câmara dos Clérigos e dos Leigos.
Irala, que é deão da Catedral de São Tiago, em Curitiba, Paraná, e membro da Ordem de São Tiago (OST), concorreu com o reverendo Francisco César Fernandes, reitor da Paróquia de São João, do bairro de Pinheiros da capital paulistana. Na noite anterior ao pleito, delegados e delegadas participaram de uma rodada de perguntas, para conhecerem os candidatos e formarem opinião.
O Concílio Extraordinário foi aberto no sábado pela manhã no Centro de Formação Sagrada Família, com culto solene e Santa Ceia presididas pelo bispo diocesano dom Roger Douglas Bird, acompanhado dos candidatos e clérigos diocesanos e conciliares.
Músico, Flávio Irala foi o maestro coordenador do CD Em nome do primeiro amor, produzido produzido pelo CEBI.
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Faleceu dom José Rodrigues, bispo católico dos excluídos


CEBI

Faleceu dom José Rodrigues, bispo católico dos excluídos

Segunda-feira, 10 de setembro de 2012 - 18h48min
Dom José Rodrigues de Souza, bispo católico emérito de Juazeiro, Bahia, faleceu esta madrugada, 09-09-2012, em Goiânia, Goiás, depois de mais de um mês na UTI, em coma induzido, vítima de pneumonia contraída durante tratamento cirúrgico para retirada de água do crânio (hidrocefalia).
Dom José Rodrigues de Sousa era natural de Paraíba do Sul (RJ), mas viveu a infância e adolescência em Aparecida (SP). Ingressou no Seminário dos Redentoristas em 1938. Na Congregação Redentorista, atuou como formador, nas Santas Missões Populares e como e superior vice-provincial em Goiás. Foi nomeado bispo de Juazeiro (BA) em 1974.
Durante seu episcopado, acompanhou a Comissão Pastoral da Terra e a Pastoral da Juventude do Meio Popular no Regional Nordeste 3 da CNBB. Foi ainda presidente nacional do Conselho Pastoral dos Pescadores. Desde sua renúncia, em 2003, dom José vivia no Convento Redentorista de Trindade (GO).
Ainda em tempos de ditadura, dom José marcou a vida do povo sanfranciscano pela atitude firme e destemida, em defesa dos direitos da população pobre das caatingas, beira do rio e periferias urbanas. As pobres "vítimas do desenvolvimento" (barragem de Sobradinho, projetos de irrigação etc) eram os seus preferidos, como Jesus.

Foi chamado "pequeno grande homem" - e o era! -, mas era mais mesmo o "bispo dos excluídos"!
A informação é do Boletim da CNBB e do sítio Combate ao Racismo Ambiental

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Celebrando os 40 anos do Cimi em Rondônia


CEBI

Celebrando os 40 anos do Cimi em Rondônia

Segunda-feira, 10 de setembro de 2012 - 18h46min
"Segue um comunicado-carta do Encontro do Cimi Rondônia. É bom também partilharmos momentos de alegria em meio à dura caminhada pela vida, justiça e uma nova sociedade com a qual esperamos contribuir, a partir e com os povos indígenas, seus aliados e de todos os que acreditam nas causas inconvencíveis, como sempre os lembra D. Pedro Casaldáliga", escreve Egon Heck, CIMI-MS, ao enviar o texto que publicamos a seguir.
Eis o comunicado.
É tempo de celebração. Tempo de graça, de gratidão, de agradecimento ao Deus da Vida e aos povos indígenas por esses 40 anos de caminhada, de crescimento, de doação e presença solidária junto aos povos primeiros, originários desta terra.

Quando nos dirigimos a Nova Mamoré para nos encontrarmos, refletir e analisar a realidade, a partir da memória perigosa de décadas de luta contra os opressores, dominadores e invasores dos territórios indígenas, ficamos abismados com o cenário de destruição que vem sendo implantado com a construção das duas hidrelétricas - Santo Antonio e Jirau. Repete-se o macabro cenário das quatro décadas de destruição: mata matada, capim semeado, implantando com a pata do boi a civilização desejada. Hoje mudam apenas os projetos, porém a lógica perversa da acumulação e destruição continua a mesma. E as principais vítimas são novamente os povos indígenas, com seus territórios negados ou invadidos e saqueados.


Celebrando o testemunho, sangue derramado e presença solidária
D. Benedito Araujo, bispo de Guajará Mirim, presidiu a celebração na Igreja São Francisco de Nova Mamoré. Igreja lotada. Pela primeira vez mais de trinta indígenas Wari, que são desta região, estiveram nos primeiros lugares da igreja. Tocaram sua flauta (hiruroi) e wakam (tambores). D. Bendito pediu perdão a Deus pelas vezes que a igreja foi omissa ou conivente, pelas vezes que os cristãos foram algozes e não irmãos solidários desses povos. Falou dos grandes projetos que continuam sendo implantados sobre os cadáveres dos povos que ali viviam e que continuam sendo impactados e desrespeitados em seus direitos e sua dignidade.

Também falou da importância de celebrar os 40 anos do Cimi, que possibilitou uma presença missionária profética,solidária,libertadora junto aos povos indígenas na região e em todo o país. Ao lembrar a responsabilidade de todos os cristãos pela ação missionária solidária e respeitosa com esses povos, pediu a Deus que nos livre dos preconceitos, dos conflitos, dos projetos de morte e de toda sorte de males que trazem injustiça e opressão.

Nós missionários do regional Rondônia e participantes nesta XXVII assembleia também externamos nosso sentimento de carinho e apoio solidário a esses povos, dos quais tanto aprendemos e que infelizmente continuam sendo tratados com descaso, preconceito ou racismo.


Rondônia que sonhamos
De povos felizes se respeitando, convivendo e se enriquecendo com os valores, sabedorias e conhecimentos partilhados. Com a natureza respeitada, convivendo com a pluralidade da vida semeada por Deus e que não deve ser destruída pela primazia do boi, da soja ou da cana. Essa Rondônia queremos construir com os povos indígenas e todos aqueles que atingidos e explorados pelos grandes projetos, com o acelerador de morte e destruição, implantado pelo atual modelo de desenvolvimento.

As constantes ameaças e violência sofrida pelo povos indígenas e nos últimos meses tendo-se intensificado contra o povo Kaxarari, localizados em Extrema - RO, que depois de muitas ameaças por parte dos fazendeiros e madeireiros que ilegalmente invadem seus territórios e não contentes com a ampliação do território, tem tomado proporção perversa, com o recente assassinato anunciado de João Kaxarari, sem que as FUNAI e Policia Federal e autoridades tomassem providencias para as constantes ameaças de morte que os lideres deste povo vem sofrendo, mesmo sendo notificados pelo povo, sobre as constantes ameaças de morte.
Nova Mamoré, 05 de Setembro de 2012.

Conselho Indigenista Missionário - Regional Rondonia
Instituto Humanitas Unisinos 
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Como seguir Jesus (Mc 8,27-35) - Mesters e Lopes


CEBI

Como seguir Jesus (Mc 8,27-35) - Mesters e Lopes

Terça-feira, 11 de setembro de 2012 - 20h52min
COMO SEGUIR JESUS
MARCOS 8, 27-35
Texto extraido do livro ''CAMINHANDO COM JESUS'' - Círculos Bíblicos do Evangelho de Marcos - Coleção A Palavra na Vida 184/185. CEBI Publicações. Mais informações em vendas@cebi.org.br
ABRIR OS OLHOS PARA VER
O texto de hoje descreve a cegueira de Pedro que não entende a proposta de Jesus quando este fala do sofrimento e da cruz. Pedro aceita Jesus como messias, mas não como messias sofredor. Ele está influenciado pela propaganda do governo da época que só falava do messias como rei glorioso. Pedro parecia cego. Não enxergava nada e ainda queria que Jesus fosse como ele, Pedro, o queria. Vamos conversar sobre isto!
SITUANDO
No início deste quarto bloco estão a cura de um cego - Mc 8,22-26 -, o anúncio da cruz e a explicação do seu significado para a vida dos discípulos - Mc 8, 27 a 9,1. A cura do cego foi difícil. Jesus teve que realizá-la em duas etapas. Igualmente difícil foi a cura da cegueira dos discípulos. Jesus teve que fazer uma longa explicação a respeito do significado da cruz para ajudá-los a enxergar, pois era a cruz que estava provocando neles a cegueira.
Nos anos 70, quando Marcos escreveu, a situação das comunidades não era fácil. Havia muito sofrimento, muitas cruzes. Seis anos antes, em 64, o imperador Nero tinha decretado a primeira grande perseguição, matando muitos cristãos. Em 70, na Palestina, Jerusalém estava sendo destruída pelos romanos. Nos outros países, estava começando uma tensão forte entre judeus convertidos e judeus não-convertidos. A dificuldade maior era a cruz de Jesus. Os judeus achavam que um crucificado não podia ser o messias tão esperado pelo povo, pois a lei afirmava que todo crucificado devia ser considerado como um maldito de Deus (Dt 21,22-23).
COMENTANDO
Marcos 8, 27-30: VER - levantamento da realidade
Jesus perguntou: ''Quem diz o povo que eu sou?'' Eles responderam relatando as várias opiniões do povo: ''João Batista'', ''Elias ou um dos profetas''. Depois de ouvir as opiniões dos outros, Jesus perguntou: ''E vocês, quem dizem que eu sou?'' Pedro respondeu: ''Tu és o Cristo, o Messias''. Isto é, és aquele que o povo está esperando. Jesus concordou com Pedro, mas proibiu de falar sobre isso ao povo. Por que Jesus proibiu? É que naquele tempo, todos esperavam a vinda do messias, mas cada um do seu jeito: uns como rei, outros como sacerdote, doutor, guerreiro, juiz ou profeta. Ninguém parecia estar esperando o messias servidor, anunciado por Isaías (Is 42,1-9).
Marcos 8,31-33: JULGAR - esclarecendo a situação - primeiro anúncio da paixão
Jesus começa a ensinar que ele é o Messias Servidor e afirma que, como o Messias Servidor anunciado por Isaías, será preso e morto no exercício da sua missão de justiça. Pedro leva um susto, chama Jesus de lado para desconcertá-lo. E Jesus responde a Pedro: ''Vá embora, Satanás''. Você não pensa as coisas de Deus, mas as dos homens''. Pedro pensava ter dado a resposta certa. De fato, ele disse a palavra certa ''Tu és o Cristo''. Mas não lhe deu o sentido certo. Pedro não entendeu Jesus. Era como o cego de Betsaida. Trocava gente por árvore. A resposta de Jesus foi duríssima ''Vá embora, Satanás''. Satanás é uma palavra hebraica que significa acusador, aquele que afasta os outros do caminho de Deus. Jesus não permite que alguém o afaste da sua missão.
Marcos 8, 34-47 - AGIR - condições para seguir
Jesus tira as conclusões que valem até hoje - Quem quiser vir após mim tome sua cruz e siga-me. Naquele tempo, a cruz era a pena de morte que o Império Romano impunha aos marginais. Tomar a cruz e carregá-la atrás de Jesus era o mesmo que aceitar ser marginalizado pelo sistema injusto que legitimava a injustiça. A cruz não é fatalismo, nem é exigência do Pai. A cruz é a consequência do compromisso livremente assumido por Jesus de revelar a Boa Nova de que Deus é Pai e que, portanto, todos e todas devem ser aceitos e tratados como irmãos e irmãs. Por causa deste anúncio revolucionário, ele foi perseguido e não teve medo de dar a sua vida. Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão.

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A Igreja anglicana planeja nomear um presidente


A Igreja anglicana planeja nomear um presidente

Terça-feira, 11 de setembro de 2012 - 20h57min
por A reportagem é publicada pelo sítio Religión Digital
A Igreja anglicana estuda instituir uma nova "figura presidencial" que compartilhe as tarefas de direção do coletivo, segundo afirma o atual primaz anglicano e arcebispo da Cantuária, Rowan Williams, numa entrevista publicada pelo "Daily Telegraph".
Williams, que se aposentará do cargo no próximo mês de dezembro, disse que os trabalhos de administração da Igreja anglicana, que possui cerca de 77 milhões de fiéis no mundo, são muito amplos para apenas uma pessoa.

Por este motivo, estuda-se criar a figura de um presidente que se ocupe das tarefas administrativas e de representação, em todo o mundo, de forma que os futuros arcebispos da Cantuária possam centrar-se em facilitar a liderança espiritual e em guiar a Igreja da Inglaterra.

Em suas declarações, o arcebispo admite que, ao longo de dez anos como primaz, cometeu "erros", e reconhece que talvez não tenha feito o suficiente para evitar uma cisão dentro do credo anglicano, devido ao assunto da ordenação de padres homossexuais, que causou a separação de igrejas anglicanas.

O arcebispo da Cantuária, Rowan Williams, admitiu que a Igreja anglicana cometeu falhas em relação a proteção de menores que sofreram abusos sexuais, durante duas décadas, na diocese de Chichester (sudeste da Inglaterra). O primaz da Igreja anglicana, que ordenou uma investigação em fins de 2011, sobre esses casos, "confirma que houve muitas falhas continuadas na implementação de uma política de proteção sólida e credível". "Ficou claro que muitas vidas ficaram arruinadas", apesar de que "alguns buscaram justiça por meio dos tribunais", apontou o documento.

O arcebispo ressaltou que os casos de abusos de menores, em Chichester, são "específicos" dessa diocese, embora sublinhou que carreguem "lições para o resto da Igreja anglicana aprender".

O ex-bispo de Chelmsford, John Gladwin, e o chanceler Rupert Bursell, advogado da Igreja, foram os encarregados de efetuar uma investigação que analisou os motivos pelos quais dois padres envolvidos em casos de pedofilia, entre os anos 1980 e 1990 (Roy Cotton e Colin Pritchard), foram autorizados a continuar em seus postos de trabalho.

"O dano permanente que foi causado é algo que nenhum de nós pode ignorar. Espero que elas (as vítimas) saibam que nós tomamos sua experiência com a máxima seriedade. Devemos-lhes não apenas palavras de desculpa, mas também nosso mais profundo esforço para assegurarmos que nossas igrejas são lugares seguros para as crianças", ressaltou o arcebispo.

domingo, 9 de setembro de 2012

Morte do cardeal Martini: primeira página na imprensa de todo o mundo


Morte do cardeal Martini: primeira página na imprensa de todo o mundo

Quarta-feira, 5 de setembro de 2012 - 18h55min
por A reportagem é de Jesús Bastante, publicada no sítio Religión Digital
Ele jamais chegou a ser papa, mas o cardeal Martini foi tratado como tal durante décadas. E a sua morte foi um fiel reflexo da repercussão midiática, política e social que as suas palavras e os seus gestos tiveram em vida. Milhões de pessoas em todo o mundo acompanharam a transmissão do seu funeral, e mais de 200 mil fiéis prestaram suas últimas homenagens perante o seu caixão. Algo que só é comparável, nos últimos anos, ao falecimento de João Paulo II.
Todos os meios de comunicação dedicaram diversas páginas à vida, à obra e aos últimos dias daquele que foi arcebispo de Milão entre 1979 e 2000, e é considerado por muitos como uma porta para a esperança de uma Igreja mais progressista e próxima das alegrias e das sombras do momento atual. Especialmente significativa foi a entrevista póstuma publicada no domingo passado pelo jornal Corriere, em que Martini denunciava que a Igreja está "200 anos atrás" e que "deve reconhecer os próprios erros e deve percorrer um caminho radical de mudança, começando pelo papa e pelos bispos".

Le Monde, BBC, The New York Times, El País, Frankfurter Allgemeine Zeitung, CNN, Al Jazeera... os principais canais de comunicação informaram com profusão sobre todos os detalhes de um emotivo e multitudinário funeral, que contou com a presença do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, e autoridades de vários países, e com uma mensagem de Bento XVI ao falecido, a quem qualificou como "um incansável servidor do Evangelho". De todos os cantos da Terra chegaram pêsames e coroas de flores até o Duomo de Milão, transformado durante esses dias em "outro" Vaticano.

Evidentemente, Martini não foi nem nunca quis ser um "antipapa", nem o antagonista de João Paulo II (foi Wojtyla quem o nomeou cardeal e quem o designou para a sede de Milão, a maior diocese do mundo) ou de Bento XVI. Aqueles que pretendem levantar uma separação radical entre os dois modelos de Igreja se equivocam, pois não são incompatíveis, assim como a própria Igreja é poliédrica (e, por conseguinte, católica).

Martini foi um cardeal da Igreja Católica, não foi um heterodoxo nem muito menos um herege, mas expressou, sim, com liberdade evangélica, as suas opiniões sobre temas que, ainda hoje, são fortemente discutíveis, do celibato sacerdotal à necessidade de uma Igreja mais envolvida no mundo, mais próxima do "barro" do sofrimento e dos oprimidos. Um incontestável defensor do Concílio Vaticano II, que, paradoxalmente, morreu poucas semanas antes da inauguração do Ano da Fé e dos faustos em memória do 50º aniversário da sua convocação.

Dizem que ele renunciou à possibilidade de ser papa durante o último conclave. O certo é que, no ano 2000, quando foi aceita a sua renúncia, ele se retirou para Jerusalém, para viver o mais próximo possível do espírito do Ressuscitado. Seus últimos momentos, além disso, foram um exemplo de aceitação da vida e daquela parte dela que é a morte, ao rejeitar a obstinação terapêutica.

Mas nem por isso deixou de dar mensagens enquanto o Parkinson lhe permitiu, ou de fazer gestos de apoio a Bento XVI em seus maus momentos. Prova disso foi a sua presença, já em cadeira de rodas, há poucos meses, quando Ratzinger se apresentou em Milão, em pleno escândalo do "Vatileaks". O seu apoio ao papa sempre foi inquebrantável e um exemplo a mais para aqueles que não entendem que a fidelidade não tem por que implicar a obediência cega ou a perda da capacidade de opinar.

Documento do CMI destaca papel da Igreja na criação


Documento do CMI destaca papel da Igreja na criação

Quinta-feira, 6 de setembro de 2012 - 19h38min
por Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)
A Igreja é a "ante-sala da nova criação" e é chamada para anunciar a boa nova do Reino de Deus, de justiça, paz e amor, expressa o esboço do documento que o Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas levará como proposta para a sua X Assembleia Geral, agendada para o próximo ano, em Busan, na Coréia do Sul.
A declaração começa com uma reflexão sobre experiência da tensão entre esperança e desespero no mundo, insta à afirmação do dom da unidade de Deus e que deem uma resposta renovada ao apelo de tornar a unidade mais visível na Igreja e em toda a criação.
O secretário geral do CMI, pastor Olav Fykse Tveit, disse que a declaração sobre a unidade contribui de maneira significativa ao tema da X Assembléia, que se reunirá sob o tema "Deus de vida, conduz-nos à justiça e a paz"."Somos chamados a colocá-lo em prática na vida das pessoas no contexto em que vivemos, na criação", agregou.
A moderadora do grupo de redação do documento, Mary Tanner, disse que chegaram a compreender uma verdadeira visão holística da unidade. O grupo detectou "a necessidade de seguir com um programa integral, um programa no qual as diferentes partes sempre se desafiem, se iluminem e contribuam para a grande visão bíblica da unidade".
Isso foi o que"aprendemos dos caminhos percorridos no movimento ecumênico", e que deve ser relembrado de novo para essa geração, afirmou Tanner. O Comitê Central é o principal órgão reitor do CMI entre as assembléias e representa as 349 igrejas membros. Encontra-se a cada 18 meses e atualmente está reunido na Academia Ortodoxa de Creta,  em Kolympari, Grécia.

Patriarca russo não descarta reunião com Bento XVI


Patriarca russo não descarta reunião com Bento XVI

Quinta-feira, 6 de setembro de 2012 - 19h47min
por A reportagem é publicada pelo sítio Religión Digital
O patriarca de Moscou e de toda a Rússia, Kiril, declarou que em "algum momento" poderia se reunir com o papa Bento XVI, embora tanto a Igreja ortodoxa russa como a católica devessem dar certos passos para que este encontro se torne possível.
"Não descarto a possibilidade de me reunir em algum momento com o Papa, embora tenhamos que fazer um longo caminho para que este encontro seja possível", afirmou o hierarca máximo da Igreja russa, numa entrevista concedida a imprensa japonesa diante de sua próxima viagem ao Japão.

Segundo Kiril, a Igreja ortodoxa russa e a Igreja católica têm hoje em dia "numerosos pontos em comum", sobretudo em questões que importam à sociedade atual, como a "família, o matrimônio, o nascimento dos filhos, a bioética ou a defesa dos valores cristãos na Europa".

O Patriarca destacou que os cristãos, agora, estão se tornando uma "minoria perseguida", que se tenta expulsar da vida social da Europa e de outros continentes. "Juntos defendemos a necessidade de preservar os valores cristãos na atual sociedade europeia, e na cultura moderna. Por isso, temos muito em comum e por meio destes pontos comuns desenvolvemos o diálogo", resumiu.

Estado a serviço da nação


CEBI

Estado a serviço da nação - Dom Demétrio Valentini

Quinta-feira, 6 de setembro de 2012 - 20h01min
Vai para quase vinte anos o Grito dos Excluídos. Lançado pela primeira vez em 1995, daí por diante compareceu, anualmente, por ocasião da Semana da Pátria, no seu dia mais emblemático, o Sete de Setembro. Neste ano não podia ser diferente. E com um apelo bem claro e consistente: "Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda a população".
O Grito tem endereço certo, e proposta operativa. Trata-se do Estado, e de sua verdadeira finalidade. Diante de afirmação contundente e propositiva, convém de imediato uma explicação conceitual. Pois ao se falar de "Estado" podemos estar supondo coisas diferentes, embora parecidas.
A palavra "Estado" pode ter uso exclusivo no singular, ou uso diverso no plural. No plural, por exemplo, nos referimos aos estados brasileiros, que na prática já são vinte e sete, cada um com seu nome.
Quando falamos de "Estado", no singular, queremos nos reportar ao "aparato organizativo", que é montado para servir de instrumento para regular os serviços públicos da sociedade onde vivemos. Referimo-nos, então, à maneira como é montado este aparato, que assume destinação política, se reveste de corporação jurídica, se estrutura para agir em favor de quem ele se coloca a serviço.
Vai daí que então o Estado se molda de acordo com aquilo que fazemos dele. E ele vai ficando do jeito como ele é conduzido, ou até do jeito como ele não é conduzido, mas deixado para que aja até contra os interesses de quem deveria mantê-lo dentro de suas finalidades verdadeiras.
Estas breves observações nos motivam a conferir como anda o "Estado Brasileiro", como ele foi pensado, como ele foi estruturado, a serviço de quem ele está atuando. O questionamento sobre o Estado Brasileiro é lançado pelo Grito dos Excluídos, mas também é feito no âmbito mais vasto de uma nova "Semana Social" que a CNBB está incentivando.
A proposta desafiadora é conferir "que Estado nós temos", para ver "que Estado nós queremos". O Grito não perde tempo, e vai direto à sua postulação. Mas isto não deixa de exigir que se faça uma reflexão com mais tempo e profundidade, sobre este assunto que se mostra mais do que atual, pois ele é urgente.
Para ir provocando a reflexão, daria para traçar o perfil aproximado do Estado Brasileiro. Suas pinceladas não são nada animadoras. Tanto mais nos sentimos provocados a construir "O Estado que queremos".
Em primeiro lugar, olhando "O Estado que temos", constatamos uma marca registrada persistente e arraigada. É um Estado "patrimonialista". A palavra logo acena para o "patrimônio", nos ajudando a perceber que o Estado privilegia o patrimônio como o valor maior que ele tem a promover e a defender. Mas aplicada esta palavra ao "Estado que nós temos" faz também pensar numa das distorções mais frequentes que acontece com o Estado, quando ele é manobrado para favorecer o patrimônio de quem ocupa as suas funções!
O nosso Estado pode também ser chamado de "clientelista", na medida em que ele se coloca a serviço, não de toda a população, mais de uma classe privilegiada. E quando olhamos a maneira como os poderes de que se reveste um Estado para bem servir, se em vez de servir ele começa a ameaçar aqueles a quem ele deveria se destinar, o Estado assume o caráter autoritário. Quando esta atitude equivocada assume ares absolutistas, o Estado vira suporte da ditadura.
Se é legítimo colocar o Estado a serviço do verdadeiro desenvolvimento, se ele o promove em detrimento da justiça social e ignorando os cuidados para a sua sustentabilidade, o Estado pode ser apelidado de "desenvolvimentista". Partindo destas breves constatações, nos damos conta como precisamos, sempre de novo, conferir como deveríamos controlar o Estado, para que esteja de fato a serviço de toda a população!
 
Adital

Falecimento de meu pai

Meu pai veio a falecer nesta data no Rio de janeiro e deverá ser cremado na quarta feira. durante a semana devo escrever algo e me pronunciar com mais detalhes e reflexões. Fazia tempo que estava doente, a meses internado em UTI. Cremos no Deus salvador que nos encontra amorosamente no fim desta jornada que vamos tecendo por entre as pessoas a tocar os corações e plantar eternidades.
Peço a todos orações por minha familia, que possam reconhecer as mãos do senhor também nestes dias e por meu pai Pio Cesar de Lobão Portellada. a missa de uma semana será celebrada no próximo domingo as 10:30 horas na Paróquia Anglicana da Santa Cruz situada a Rua Borges Lagoa 172 na Vila Clementino, perto do metro Santa Cruz.