APRESENTAÇÃO

Textos e silêncios pretende ser um espaço reflexivo ecumênico, fundamentalmente voltado para a vida concreta das pessoas a partir de textos e livros, mas também do caminhar contemplativo e meditativo, da vivência amorosa e solidária dos que, de alguma forma, partilharam comigo suas vidas, dores, sofrimentos e esperanças. A eles - e a vocês - devo a minha vida, o olhar que desenvolvi de existência e a experiência cristã do encontro com o Cristo servidor que nos salva. A eles sou devedor, minha eterna gratidão.

sábado, 14 de julho de 2012

Nós e a violência!

Material da comissão de Direitos Humanos da IEAB - Igreja Episcopal Anglicana da Amazonia
EDITORIAL

Nós e a violência

O Brasil nasceu e cresceu sob o signo da violência. Nossa história ainda consegue esconder a maior parte daquilo que constituiu o massacre dos povos originários, dos negros e, mais tarde, dos trabalhadores rurais e urbanos. Em pleno século 21, os registros da imprensa (a maioria dos quais marcados pela parcialidade em favor das elites dominantes) divulgam apenas a ponta do iceberg da violência, que somente no ano passado vitimou 49 mil mulheres em todo o país. Continuamos diante de uma violência estrutural ou sistêmica que se baseia na manutenção de um modelo de desenvolvimento excludente, elitista e concentrador de rendas. Como decorrência desse sistema criminógeno sobrevêm a violência contra a mulher, contra a criança e o adolescente, contra os idosos e contra as pessoas em situação de doenças incapacitantes.
Tornou-se também estrutural a violência contra os recursos públicos, como evidencia o escândalo que envolve o bicheiro Carlos Cachoeira e uma boa parte da elite política nacional. Esse caso está apontando também para outro aspecto da violência estrutural: a manipulação da opinião pública. O dono da editora Abril, Roberto Civita, está sendo acusado de manobrar informações favoráveis a Cachoeira em troca de dinheiro.
Estamos condenados a conviver com essa configuração violenta? Não está na hora de a sociedade brasileira tomar consciência de que algo deve ser feito, e logo? Qual o papel das igrejas cristãs diante desse quadro e dessa conjuntura? Você, leitor desse informativo, tem feito o quê?

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